sexta-feira, 8 de fevereiro de 2019

Em defesa das mulheres, vereador Edicarlos quer implantação do “botão do pânico” em Jundiaí



Em 2009, quando era estudante nas Faculdades Padre Anchieta, Edicarlos Vieira encabeçou a campanha “Homens e mulheres contra a violência doméstica”, distribuindo uma cartilha com a Lei Maria da Penha. Nove anos depois, em 2018, já como vereador, aprovou a lei “Transporte é Público, o corpo da Mulher Não”. Agora, ele está empenhado em outra frente em defesa das mulheres: implantar em Jundiaí o chamado “Botão do Pânico”.


O vereador destaca que já protocolou projeto nesse sentido e está em contato com o Poder Público para discutir questão. “Nos reunimos na Prefeitura, estamos em contato com a Cijun e em breve nos reuniremos com a Guarda Municipal para que Jundiaí tenha esse dispositivo de proteção às mulheres”, enfatiza.

A preocupação de Edicarlos em relação à preservação dos direitos e da vida das mulheres faz sentido. Os casos de violência contra a mulher aumentaram 20% em Jundiaí em relação a janeiro de 2018. Só no primeiro mês deste ano já foram 160 registros na cidade. É como se todos os dias sete mulheres aparecessem na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por terem sido agredidas física ou psicologicamente.

Como funciona o botão do pânico

O botão do pânico é um dispositivo eletrônico móvel de segurança preventiva implantado de forma pioneira no Espírito Santo em 2013 para que mulheres vítimas de violência doméstica e familiar possam enviar alerta imediato à polícia em caso de ameaça ou agressão.  “A experiência do Espírito Santo e de outros municípios demonstra a efetividade do equipamento, em razão de ter possibilitado o acompanhamento das medidas protetivas aplicadas pelo Judiciário”, observa o vereador.

Além de permitir o acionamento rápido da polícia, o equipamento de segurança também grava áudios, que podem ser utilizados como provas contra o agressor. O acionamento do botão pela vítima, ao ser abordada ou ameaçada, permite que a polícia saiba de onde o chamado foi feito e envie proteção.

“Queremos que Jundiaí também disponha desse dispositivo. Essa luta contra a violência não é uma luta das mulheres, é uma luta da sociedade. Homens e mulheres contra a violência. Nós temos de combater esse mal na raiz. Mulher tem de ser respeitada e valorizada, não violentada”, arremata Edicarlos.

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