Em 2009, quando era estudante nas Faculdades Padre Anchieta,
Edicarlos Vieira encabeçou a campanha “Homens e mulheres contra a violência
doméstica”, distribuindo uma cartilha com a Lei Maria da Penha. Nove anos depois,
em 2018, já como vereador, aprovou a lei “Transporte é Público, o corpo da
Mulher Não”. Agora, ele está empenhado em outra frente em defesa das mulheres:
implantar em Jundiaí o chamado “Botão do Pânico”.
O vereador destaca que já protocolou projeto nesse sentido e
está em contato com o Poder Público para discutir questão. “Nos reunimos na
Prefeitura, estamos em contato com a Cijun e em breve nos reuniremos com a
Guarda Municipal para que Jundiaí tenha esse dispositivo de proteção às
mulheres”, enfatiza.
A preocupação de Edicarlos em relação à preservação dos
direitos e da vida das mulheres faz sentido. Os casos de violência contra a
mulher aumentaram 20% em Jundiaí em relação a janeiro de 2018. Só no primeiro
mês deste ano já foram 160 registros na cidade. É como se todos os dias sete
mulheres aparecessem na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) por terem sido
agredidas física ou psicologicamente.
Como funciona o botão do pânico
O botão do pânico é um dispositivo eletrônico móvel de
segurança preventiva implantado de forma pioneira no Espírito Santo em 2013 para
que mulheres vítimas de violência doméstica e familiar possam enviar alerta
imediato à polícia em caso de ameaça ou agressão. “A experiência do Espírito Santo e de outros
municípios demonstra a efetividade do equipamento, em razão de ter
possibilitado o acompanhamento das medidas protetivas aplicadas pelo
Judiciário”, observa o vereador.
Além de permitir o acionamento rápido da polícia, o
equipamento de segurança também grava áudios, que podem ser utilizados como
provas contra o agressor. O acionamento do botão pela vítima, ao ser abordada
ou ameaçada, permite que a polícia saiba de onde o chamado foi feito e envie
proteção.
“Queremos que Jundiaí também disponha desse dispositivo. Essa
luta contra a violência não é uma luta das mulheres, é uma luta da sociedade.
Homens e mulheres contra a violência. Nós temos de combater esse mal na raiz.
Mulher tem de ser respeitada e valorizada, não violentada”, arremata Edicarlos.
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