sexta-feira, 23 de novembro de 2018

Edicarlos alerta: “A saúde nunca vai melhorar enquanto o pobre não tiver acesso à estudar na Faculdade de Medicina”


Aproveitando a polêmica criada em torno do programa Mais Médicos do Governo Federal, com a desistência de Cuba de continuar participando do projeto, o vereador Edicarlos ocupou a tribuna da Câmara Municipal para fazer um desabafo em defesa da escola pública e do acesso das comunidades mais pobres ao ensino superior.

O vereador pontuou que dificilmente teremos mão de obra qualificada no país enquanto o estudante da escola pública conviver com a constante falta de professores. “Esse estudante nunca vai conseguir concorrer com um aluno de escola particular, porque vai cair no vestibular aquilo que ele deveria ter aprendido no ensino médio e não aprendeu. Não vai ter como concorrer. Não podemos aceitar que a escola pública seja sucateada”, disparou.

Destacando que existem excelentes talentos na escola pública, Edicarlos também criticou o que classificou como corporativismo que existe na Faculdade de Medicina de Jundiaí. “É uma autarquia do município, onde você paga mensalidade e não tem uma bolsa de estudo para aquele jovem da escola pública. Fui numa formatura da Faculdade de Medicina de Jundiaí e quem estava se formando? O filho de quem tem bastante dinheiro, o filho do médico", lamentou.


"Enquanto não estivermos formando médicos do Novo Horizonte, do Residencial Jundiaí, do Santa Gertreudes, do São Camilo, a saúde não vai melhorar. A saúde nunca vai melhorar enquanto o pobre não tiver acesso à estudar na Faculdade de Medicina”, alertou Edicarlos.


Para o vereador a discussão em torno do Mais Médicos abriu uma porta para que se possa contestar o monopólio que teria se formado no setor. “Hoje, as pessoas fazem medicina para ganhar dinheiro e ficar rico. E cuidar das pessoas, onde fica? Ganhar, ter lucro, em primeiro lugar, enquanto centenas de pessoas sofrem nas UTIs de todo país com a falta de médicos. Mas como vamos ter um país melhor se o pode não pode fazer medicina? Precisamos aproveitar esse momento de discussão ideológica para coloca as cartas na mesa: nós precisamos quebrar esse corporativismo. Mas como discutir igualdade se faltam professores na escola pública? Isso é vergonhoso e precisa ser mudado. Essa é a hora”, conclamou Edicarlos.

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