segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Apoio dos moradores ajuda a reduzir ocorrências de odor

Ouvidoria da Companhia de Saneamento de Jundiaí pode ser contatada por telefone, e-mail, whatsapp ou pessoalmente.

O município de Jundiaí é considerado um exemplo no quesito tratamento de esgoto. A Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ), localizada no bairro Novo Horizonte, trabalha permanentemente para monitorar todas as áreas do processo e controlar a eficiência do tratamento.
No tratamento de esgotos é normal a percepção de odores ao lado do processo. Algumas vezes, eles se intensificam e podem ser percebidos fora dos limites da estação. As causas destas ocorrências podem ser muitas, assim como as ações para minimizar os incômodos.
Segundo o diretor da Companhia de Saneamento de Jundiaí (CSJ), Luiz Pannuti Carra, a empresa compreende e se preocupa com o mal estar causado por estas ocorrências de odor. Em entrevista, ele reforça que a comunicação entre os vizinhos da estação e a Companhia é essencial para selecionar as melhores ações para minimizar os desconfortos.
 
Estação de tratamento


Jornal Vetor Oeste: O que a CSJ tem feito para diminuir o mau cheiro?
Luiz Panutti Carra: A Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ) trata 86 milhões de litros de esgoto por dia, beneficiando 98% da população, ou seja, aproximadamente 390 mil habitantes, com uma eficiência de remoção de carga orgânica de 96%. É um volume muito grande, e mesmo que estejamos preparados para atender, estamos sujeitos a receber algumas cargas que, no tratamento, acabam emitindo um odor mais forte.
O trabalho que a CSJ faz continuamente é identificar possíveis fatores que causam o mau cheiro e monitora frequentemente todas as áreas. Todos os procedimentos internos e diários da empresa visam direta ou indiretamente o controle dos odores e a eficiência do tratamento.

JVO: Quais motivos são identificados para que o odor chegue às casas do entorno da ETEJ?
LPC: Não existe um motivo de fácil identificação, há ocorrências de odores pontuais em ocasiões quando eles se intensificam. A CSJ tem o desafio diário de processar adequadamente os resíduos e amenizar os efeitos indesejáveis da atividade.
         Outro fator que também interfere é a inversão térmica, característica do inverno. A dispersão dos gases é menor nos horários mais frios do dia.

Laboratório
JVO: Há a preocupação de que a estação, próxima a população, acarrete em doenças. Isso é possível?
LPC: Não existe essa possibilidade. O ar que nós respiramos dentro da ETEJ é sempre analisado para verificar a possibilidade de causarem doenças, e as concentrações encontradas são consideradas seguras. Os gases emitidos no processo de tratamento da ETEJ são típicos da atividade biológica de micro-organismos, agentes que promovem o tratamento dos resíduos. Uma vez dispersos na atmosfera, não causam riscos à saúde.

JVO: E o que vocês fazem com as reclamações?
LPC: Nosso sistema de gestão ambiental (certificado pela norma ISO 14.001) analisa cada reclamação de odor: primeiro cruzamos as informações como horário, tipo de odor, duração e direção do vento, com os nossos registros dos processos, para identificar a causa; quando a causa é identificada, são propostas medidas para reduzir o odor; estas medidas variam em eficácia, custo e prazo de implantação. Priorizamos aquelas que trarão maior benefício, mas também consideramos a viabilidade econômica.
         Entre 2015 já tivemos resultados muito positivos dos controles implementados no último ano. O que queremos deixar claro é que a reclamação é um importante instrumento para a CSJ, pois nos ajuda a detectar a causa do odor. A percepção dos moradores colabora para minimizar o problema, quando acontece.

JPO: E quais canais a CSJ disponibiliza para que sejam feitos esses contatos?
LPC: A CSJ sempre esteve de portas abertas para atender e conversar com a população, por telefone ou pelo e-mail da ouvidoria (ouvidoria@saneamento.com.br).
A partir de agosto passamos a contar também com uma Assistente Social que fará essa intermediação entre os vizinhos da ETEJ e a CSJ. Ela atenderá a população pessoalmente e pelo celular (11) 9-7575-2420 (operadora Vivo), que também receberá mensagens pelo aplicativo Whatsapp.
         As mensagens serão encaminhadas aos funcionários da CSJ que farão novos monitoramentos, além dos já feitos habitualmente. Após isso, a Assistente Social retomará contato com o reclamante para dar uma resposta com as ações tomadas dentro da estação para minimizar o odor.

Fonte: Jornal Vetor Oeste

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