Ouvidoria da Companhia de Saneamento de Jundiaí pode ser contatada por
telefone, e-mail, whatsapp ou pessoalmente.
O município de
Jundiaí é considerado um exemplo no quesito tratamento de esgoto. A Estação de
Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ), localizada no bairro Novo Horizonte,
trabalha permanentemente para monitorar todas as áreas do processo e controlar
a eficiência do tratamento.
No tratamento de
esgotos é normal a percepção de odores ao lado do processo. Algumas vezes, eles
se intensificam e podem ser percebidos fora dos limites da estação. As causas
destas ocorrências podem ser muitas, assim como as ações para minimizar os
incômodos.
Segundo o diretor da
Companhia de Saneamento de Jundiaí (CSJ), Luiz Pannuti Carra, a empresa
compreende e se preocupa com o mal estar causado por estas ocorrências de odor.
Em entrevista, ele reforça que a comunicação entre os vizinhos da estação e a
Companhia é essencial para selecionar as melhores ações para minimizar os
desconfortos.
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Estação de tratamento |
Jornal Vetor Oeste: O que a CSJ tem feito para diminuir o mau cheiro?
Luiz Panutti Carra: A Estação de Tratamento de Esgoto de Jundiaí (ETEJ)
trata 86 milhões de litros de esgoto por dia, beneficiando 98% da população, ou
seja, aproximadamente 390 mil habitantes, com uma eficiência de remoção de
carga orgânica de 96%. É um volume muito grande, e mesmo que estejamos
preparados para atender, estamos sujeitos a receber algumas cargas que, no
tratamento, acabam emitindo um odor mais forte.
O trabalho que a CSJ
faz continuamente é identificar possíveis fatores que causam o mau cheiro e
monitora frequentemente todas as áreas. Todos os procedimentos internos e
diários da empresa visam direta ou indiretamente o controle dos odores e a
eficiência do tratamento.
JVO: Quais motivos são identificados para que o odor
chegue às casas do entorno da ETEJ?
LPC: Não existe um motivo de fácil identificação, há
ocorrências de odores pontuais em ocasiões quando eles se intensificam. A CSJ
tem o desafio diário de processar adequadamente os resíduos e amenizar os
efeitos indesejáveis da atividade.
Outro fator que também interfere é a inversão térmica, característica do
inverno. A dispersão dos gases é menor nos horários mais frios do dia.
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Laboratório |
JVO: Há a preocupação de que a estação, próxima a
população, acarrete em doenças. Isso é possível?
LPC: Não existe essa possibilidade. O ar que nós respiramos
dentro da ETEJ é sempre analisado para verificar a possibilidade de causarem
doenças, e as concentrações encontradas são consideradas seguras. Os gases
emitidos no processo de tratamento da ETEJ são típicos da atividade biológica
de micro-organismos, agentes que promovem o tratamento dos resíduos. Uma vez
dispersos na atmosfera, não causam riscos à saúde.
JVO: E o que vocês fazem com as reclamações?
LPC: Nosso sistema de gestão ambiental (certificado pela
norma ISO 14.001) analisa cada reclamação de odor: primeiro cruzamos as
informações como horário, tipo de odor, duração e direção do vento, com os
nossos registros dos processos, para identificar a causa; quando a causa é
identificada, são propostas medidas para reduzir o odor; estas medidas variam
em eficácia, custo e prazo de implantação. Priorizamos aquelas que trarão maior
benefício, mas também consideramos a viabilidade econômica.
Entre 2015 já tivemos resultados muito positivos dos controles implementados no
último ano. O que queremos deixar claro é que a reclamação é um importante
instrumento para a CSJ, pois nos ajuda a detectar a causa do odor. A percepção
dos moradores colabora para minimizar o problema, quando acontece.
JPO: E quais canais a CSJ disponibiliza para que sejam
feitos esses contatos?
LPC: A CSJ sempre esteve de portas abertas para atender e
conversar com a população, por telefone ou pelo e-mail da ouvidoria (ouvidoria@saneamento.com.br).
A partir de agosto passamos a contar
também com uma Assistente Social que fará essa intermediação entre os vizinhos
da ETEJ e a CSJ. Ela atenderá a população pessoalmente e pelo celular (11) 9-7575-2420 (operadora Vivo), que também receberá mensagens
pelo aplicativo Whatsapp.
As mensagens serão encaminhadas aos funcionários da CSJ que farão novos
monitoramentos, além dos já feitos habitualmente. Após isso, a Assistente
Social retomará contato com o reclamante para dar uma resposta com as ações
tomadas dentro da estação para minimizar o odor.
Fonte: Jornal Vetor
Oeste