quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Violência contra a Mulher: esse problema é nosso!

Mais próximo de nós do que gostaríamos e tão distante da resolução, a violência contra as mulheres é um crime grave que persiste em todo o planeta em pleno séc. XXI


Os candidatos do último Enem tiveram como mote da prova de redação o tema: A persistência da violência contra a mulher na sociedade brasileira”.
O tema realmente não é novo, tampouco o problema, porém falta espaços amplos de debate com a sociedade e interesse de todos nessa empreitada.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas) 7 entre 10 mulheres em todo o mundo já sofreram algum tipo de violência durante sua vida.
Questões de ordem cultural, religiosa ou simplesmente por relações mal elaboradas e desiguais de poder entre homens e mulheres persistem em ser “motivos” e causas das agressões psicológicas e físicas as levando muitas vezes à morte.
Não há como dissociar essas barbáries ao fato de ainda vivermos em uma sociedade onde o homem utiliza-se do machismo como forma de poder sobre as mulheres.
Muitas ações podem ser adotadas para avançarmos na questão. E a gradativa ocupação das mulheres na política e em órgãos e instituições tem se mostrado importante para o desenvolvimento de programas e ações públicas para nós mulheres além de auxiliar na ampliação do debate.
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A lei do feminicídio* e a lei Maria da Penha são exemplos de que estamos avançando. Não apenas pela implantação dessas leis, mas estrategicamente percebemos um avanço político com representação feminina nos cargos mais importantes da nação, levando ao debate questões de igualdade e liberdade da mulher – condição fundamental para o desenvolvimento real do país.
Mas falta muito. É preciso mudança diária em nossas atitudes, é necessário que ocupemos os espaços de debate, é fundamental que nos apropriemos do fato de que muitas de nós MULHERES sofremos por omissão.

Fiquemos atentas às agendas municipais de debate sobre esse importante tema.
E denuncie! Não tenha medo. Procure ajuda. Dê força para que sua amiga, sua vizinha, ou sua familiar denuncie.

Ruth Rocha
Colaboradora Coletivo Vetor Oeste

* Lei: 13.104 de 9 de março de 2015.
O feminicídio difere do homicídio (masculino) pois a maioria dos casos é cometida por parceiros e ex-parceiros e pode envolver abuso contínuo em casa, com ameaças, violência sexual ou situações onde as mulheres têm menos poder ou recursos que o homem.

Central de Atendimento à Mulher
LIGUE 180

Importante: As Delegacias de Defesa da Mulher tem atendimento especializado, mas você pode denunciar em qualquer delegacia comum.

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